Segundo o
autor sociologia é o estudo do comportamento social das interações e organizações humanas. Que tem como objetivo principal tornar as compreensões
cotidianas da sociedade mais sistemáticas e precisas.
Portanto, é uma ciência
que estuda todos os símbolos culturais que os seres humanos criam e usam para
interagir e organizar a sociedade, ela explora todas as estruturas sociais, que
fluem através da ordem estabelecida socialmente, e busca entender as
transformações que esses processos provocam na cultura e na estrutura social.
Percebe-se que através dos tempos, o homem pensou sobre si mesmo e sobre o
universo. Contudo, O século XVIII pode ser considerado um período de grande
importância para a história do pensamento ocidental e para o início da
Sociologia. A sociedade vivia uma era de mudanças de impacto em sua conjuntura
política, econômica e cultural, que trazia novas situações e também novos
problemas.
Consequentemente, esse contexto dinâmico e confuso contribui para
eclodirem duas grandes revoluções – a Revolução Industrial, na Inglaterra e a
Revolução Francesa. A Revolução Industrial é muitas vezes analisada de forma
superficial como a simples introdução da máquina a vapor nas fábricas e
manufaturas e o aperfeiçoamento das técnicas produtivas. Existe, porém, outra
faceta da realidade – a Revolução Industrial significou o triunfo da indústria capitalista e da classe minoritária
detentora dos meios de produção e do capital.
Grandes massas de trabalhadores
foram submetidas ao que impunha o sistema – novas formas de relação de
trabalho, longas e penosas jornadas nas fábricas, salários de subsistência – a
fim de satisfazer os interesses econômicos dos empresários.
Além disso, a vida
nas cidades industriais também estava mudando – o intenso êxodo rural culminou
na explosão demográfica e na falta de infra-estrutura capaz de comportar os
excedentes populacionais. Miséria, epidemias, suicídios, aumento da
prostituição e da criminalidade eram retratos da situação da época.
Um dos
fatos de maior relevância foi o surgimento do proletariado, classe trabalhadora
com importante papel histórico na sociedade capitalista. A introdução de novas
formas de organizar a vida social e a profundidade das transformações, de certa forma, colocou a sociedade em evidência.
Em
decorrência disso, determinados pensadores passaram a considerá-la um objeto
que deveria ser investigado e analisado com metodologia científica adequada.
Pensadores como Comte, Durkheim.a,Weber e Marx, ter opiniões diferentes em
relação a alguns aspectos da Revolução Industrial, mas eram unânimes em afirmar
que ela estava criando novos fenômenos, dignos de serem estudados.
A
Sociologia, então, foi se formando e se consolidando como se fosse uma resposta
intelectual às novas condições de existência – a situação do proletariado, a
estrutura das cidades industriais, os avanços tecnológicos, a organização do
trabalho nas fábricas – originadas pela Revolução Industrial.
Uma das correntes
mais importantes desse mesmo século foi o Iluminismo, originado na França. Os pensadores
iluministas tinham como proposta procurar transformar não apenas as antigas
formas de conhecimento, mas a própria sociedade.
Criticavam as características
do feudalismo e os privilégios de sua classe dominante em defesa dos interesses
burgueses. Estudando as instituições da época, os iluministas procuraram
demonstrar que elas eram injustas e irracionais e, segundo eles, por
constituírem um obstáculo à liberdade do indivíduo, deveriam ser eliminadas.
Paralelamente, o homem comum também estava deixando de se submeter cegamente às
instituições sociais e às normas existentes. Elas não eram mais vistas como
inacessíveis e imutáveis, mas sim como fenômenos passíveis de serem conhecidos
e transformados, afinal, são produtos da atividade humana.
Na verdade, os
tempos estavam mudando e a crescente racionalização da vida social iria
contribuir para a constituição de um estudo científico sobre a sociedade. A
multiplicidade de visões sociológicas sobre a sociedade persiste ainda hoje.
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